24 de março de 2008

RESSUSCITOU O SENHOR PARA NÓS?














Enquanto percorremos o caminho da vida, vamos descobrindo novos horizontes de sentido que são iluminados pela nossa fé.

A celebração da Páscoa é um dos momentos nos quais somos confrontadas pelo grande mistério da paixão do amor e a paixão do sofrimento, que são iluminados desde a experiência da ressurreição do Senhor, desde a sua passagem deste mundo ao Pai. Porque nós acreditamos que Jesus de Nazaré - pelo poder de Deus - foi ressuscitado de entre os mortos e vencendo o mal, nos salvou para sempre.

E quando vivemos a Páscoa como uma passagem que nos faz transitar das trevas, do velho, da escravidão e do pecado para a luz, a novidade, a libertação e a graça, nos sentimos questionadas: Como é que na minha vida eu vivo e experimento este sentido da Páscoa? Será que nós podemos testemunhar desde a nossa missão que o Senhor ressuscitou? Como captamos ao nosso redor que o mal não tem a última palavra?

Eis aqui algumas das reflexões que nos fazemos a nós mesmas e que as partilhamos como gesto solidário de aquelas que desejam buscar juntas os caminhos do Ressuscitado, a sua presença viva e operante na nossa história.


Sim, podemos dar testemunho que no nosso dia-a-dia a Páscoa acontece...

Ø Quando uma mama empobrecida que bate à nossa porta para buscar um “peixe” e poder comer um dia, depois de varias sessões de formação, partilha no grupo com voz forte e decidida: “agora o que desejo é aprender a pescar”.

Ø Quando um doente seropositivo, sem rosto nem beleza no seu aspecto, perante o qual a gente vira a cabeça, é acolhido e tratado com ternura, com humanidade e fraternalmente, porque lhe são reconhecidos os seus direito à vida e à dignidade como pessoa humana.

Ø Quando debaixo de uma árvore as crianças avançam no seu processo escolar, sem olhar as inclemências do tempo nem as dificuldades daquelas circunstancias das que são vitimas. Porque animadas e acompanhadas pela professora desenvolvem as suas capacidades e vão crescendo na sua vida.

Ø Quando uma mulher seropositiva, entra no quintal de uma sua vizinha do Bairro que vê deitada na esteira, sepultada pela tristeza, o desanimo e a exclusão. E lhe fala com ternura, desde a sua própria experiência, que é possível a recuperação, voltar à vida e participar, lutar para sobreviver. Só precisa iniciar o tratamento que acaba por aceitar.

Ø Quando os jovens voluntariamente oferecem aquilo que são e têm para partilhar com aqueles que precisam, com gesto fraterno e solidário. Alentando desejos, despertando iniciativas e tecendo em conjunto, relações novas porque um mundo outro é possível.

Ø Quando a monitora de alfabetização permanece junto da mama com persistência e constância, quando não desiste no seu empenho de ajudar e animar uma aprendizagem que se reveste das dificuldades próprias de quem lhe foi negado fazê-lo no tempo e na idade mais oportuna.

Ø Quando as mulheres buscam dentro delas aquela força que ignoravam ter e se arriscam a assumir pequenos negócios para melhorar a vida da família. Fazem tudo por tudo para devolver o empréstimo feito, depois de conseguir o seu pequeno lucro.
Quando...






2 comentários:

Anónimo disse...

Estamos convosco. Muito ánimo

Anónimo disse...

PARABÉNS!

VIVA A VIDA ENTREGUE COM ALEGRIA E GENEROSIDADE DE CORAÇÃO.